Desculpa mesmo gente, minhas aulas já começaram e digamos que está
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- Taka... Uru não é sua mãe. Sua verdadeira mãe, Keira, está morta.
- O que?!
- Eu sei que é duro pra você, pra mim também é. Sinto muito, mas essa é a verdade, meu filho.
- O senhor... Porque nunca me disse?! - Taka se zangou.
- Achamos que era melhor assim...
- Acharam mesmo? Eu tinha o direito de saber! Não podiam ter feito isso comigo! Uru nem é minha mãe e preciso aguentar todas as broncas e críticas dela? Agora entendo porque eu nunca serei tão bom quanto Mufasa!
- Taka, isso sobre ser melhor que alguém não existe! Todos são iguais, todos tem sua função e um propósito na vida! Não quero ouvir você repetindo isso!
- Sim senhor, papai! - Ele rosnou - Não precisa se preocupar.
Taka saiu do local sem ao menos olhar no rosto do pai. As lágrimas transbordavam e seu rosto queimava. Não sabia muito bem pra onde ir, só sabia que queria ficar sozinho. Ele entrou na caverna dos ratos e se deitou, sem se preocupar com nada.
Ahadi seguiu o filho. Ele estava triste por Taka reagir tão mal. Quando o pequeno filhote entrou na caverna de ratos, o rei achou melhor não segui-lo ou importuna-lo até o outro dia, pelo menos ele dormiria em um local seguro.
Amanheceu lentamente. Uru estranhou em não encontrar o empecilho de sua vida(Taka) dentro da caverna e foi procura-lo. Entrando da caverna de ratos, ela cutucou o filhote sem a menor delicadeza, fazendo com que Taka se assustasse.
- Queridinho, porque não dormiu na caverna ontem? Você é retardado ou o que?
- Não precisa mais fingir, Uru. Eu já sei de tudo. Já sei que não é minha mãe. - Taka se levantou e bocejou.
- Ah, então quer dizer que não preciso mais me importar? Pois bem. Fico muito feliz com isso.
- É, não precisa. - Ele a olhou com tédio - Na verdade eu adoraria que você sequer se dirigisse a mim. Eu te odeio e quero que você morra.
- Que adorável. Tão diferente da tola e ingênua mãe...
- Não ouse falar da minha mãe, Uru.
- Ela era minha irmã, pirralho. Sim, seu pai se casou com a irmã da sua mãe. Sabe porque? Porque ela era uma leoa inútil! Não podia ter filhotes. Que péssima rainha, não podia continuar a linhagem real!
- Cale a boca, Uru!
- Já que nem pra isso ela prestava, tive que me unir ao seu pai e lhe dar o Mufasa. Mas sua querida mamãe tinha que ser intrometida e ficar grávida de você. Você foi o culpado, sabia? Se não tivesse nascido, Keira jamais teria morrido.
- Não sou obrigado a ouvir isso! Você é uma cascavel e eu irei abrir os olhos do meu pai!
- Filhote tolo! - Ela sorriu - Não há o que fazer. Seu pai me ama e deixou o controle do reino em minhas patas! Eu sou a rainha, Pride Lands é minha, assim como será de Mufasa futuramente.
- Este reino será meu, Uru. Não importa o que faça. Além do mais, não é você que escolhe o herdeiro.
- Ahadi já escolheu Mufasa.
- Tem certeza? Meu pai disse que escolheria o mais qualificado. E se eu mostrar que sou melhor que Mufasa? Todo seu joguinho vai por água abaixo.
- Você jamais vai conseguir.
- Ah é? Então me observe.
Taka saiu da caverna, deixando Uru bem confusa. Ele não poderia se sair melhor que Mufasa em nada e ela iria garantir isso.
Rowenna tentou conversar com Taka, mas era impossível. Ele estava sendo grosseiro e sarcástico, bem mais do que antes. A jovem leoa se estressou e foi embora, deixando o filhote agradecido.
No cair da tarde, Taka voltou para a caverna. O tempo estava fechado e relâmpagos eram vistos por todo o céu da savana. Alguns minutos depois, Mufasa chegou para fazer companhia ao irmão.
- Oi Taka! Não te vejo desde ontem de tarde, aconteceu alguma coisa?
- Receio não ser uma boa companhia agora, Mufasa. Vá com a sua mãe e o papai.
- Tá falando tão esquisito! - O filhote riu - O que foi? Aquele avestruz te perseguiu de novo e levou bicada no traseiro?
- Não.
- Brigou com a Rowenna ou com a Safi?
- Não.
- Levou bronca da mamãe?
- Mas que diabo, Mufasa! Eu quero ficar sozinho! Saia daqui!
- Não, pois agora que não saio mesmo! Não saio até que me conte o que há com você!
- Eu não estou brincando! Quero ficar sozinho.
- Taka, foi algo que a mamãe -
- NÃO! Não foi nada que a sua querida mamãe fez!
- Porque está falando desse jeito?
- Porque Uru não é minha mãe! Minha mãe está morta! Sua mamãezinha me maltrata porque eu sou como a escória da família! O trono deveria ser meu, sou filho da verdadeira rainha! Mas não! Você sempre vai estar um degrau acima!
- Taka, pare com isso, você está me assustando...
- Cale a boca, Mufasa! Você não sabe o que eu estou passando! Não sabe como me sinto! Sua mãezinha terminou de acabar comigo hoje cedo e não preciso de você aqui me enchendo o saco! Você é um mimadinho idiota que não tem noção de nada!
- Dobre sua língua, Taka! Está me deixando zangado, e eu não quero machucar você! Se falar mal de mim ou da minha mãe de novo, serei obrigado a te bater!
- Tá vendo? Eu sempre serei o mais fraquinho e você o mais forte, sempre vai ser assim! Eu cansei disso, eu sou mil vezes melhor e mais inteligente que você. Eu serei rei! E Uru, aquela idiota, nunca vai conseguir passar por cima de mim denov -
Taka não conseguiu terminar sua frase. Mufasa deu uma patada em seu rosto, com toda força que podia. O pequeno filhote rolou. Havia sangue pingando e raios caindo. Havia ódio e remorso nascendo...
- Taka! Eu... Me desculpa! Eu não queria -
- SAIA DAQUI!!!!
Algumas lágrimas apareceram nos olhos de Mufasa. Ele sabia que tinha errado feio, e esse erro mudaria a vida de ambos. Taka o olhava de rabeira enquanto cobria um dos olhos com uma pata, escorria muito sangue dessa região.
- PORQUE AINDA ESTÁ AQUI??! SAIA DA MINHA FRENTE!
Mufasa estava paralisado. Depois de mais alguns gritos, ele saiu correndo. Pouco se importou com a tempestade devastadora que estava aconteceu.
- EU TE ODEIO! - Taka gritava enquanto Mufasa, na chuva, corria para a pedra do rei e chorava desesperadamente - EU ODEIO VOCÊ, MUFASA!
Após o "surto", Taka desabou no chão da caverna. Ele chorava demais, sem entender porque essas coisas estavam acontecendo. Foi então que ele sentiu algo encostando nele. Rowenna apareceu e deitou ao lado de Taka. Ela não disse uma palavra, apenas colocou a cabeça do filhote nas patas e lambeu seu olho, tirando o sangue dali. O pequeno iria protestar, mas estava sem forças. Apenas tentou relaxar e adormeceu.
CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO...