terça-feira, 5 de janeiro de 2016

O reinado de Uru - Part. VI

Avisos sobre o capítulo - Eeeencrenca a vista! Será que os filhotes estarão em segurança? Veremos e.e
Parece que, finalmente, as coisas vão fazer sentido para  Taka ;u;
Aproveitem o capítulo!

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          Os filhotes continuaram brincando, embora não sentissem o perigo cada vez mais próximo. Cansados, eles resolveram deitar na terra morta para recuperar suas energias, até que ouviram alguns barulhos. Mufasa virou a cabeça tentando identificar de onde o ruído havia surgido, mas não havia como saber. A névoa estava ficando mais densa e os esqueletos pareciam muito mais assustadores agora, os filhotes ficaram se perguntando se aquela pilha de ossos antigos poderia ter alguma vida. Outro ruído, e os pelos das costas dos filhotes levantaram. Taka queria provar que era corajoso, então deu um passo a frente e disse para o esqueleto:
        - Quem está ai?
         - Eu sou o elefante mais velho deste cemitério! Sou o guardião das terras mortas! Vocês, pequenos leões, invadiram meu território! Terão que pagar um tributo por isso! - O esqueleto disse.
          Mufasa estava tremendo atrás de Taka, eles não podiam imaginar que uma coisa morta pudesse estar viva.
         - Um tributo? - Taka parecia confuso - E o que é isso?
         - Um tributo é uma espécie de pagamento! - Respondeu o esqueleto - Vocês terão que me pagar por terem entrado aqui sem minha permissão.
         - E o que você quer? - Mufasa perguntou.
         - Huuummm, boa pergunta! - Uma voz diferente disse - Podemos pedir muita comida, que tal, Shenzi?
         - Fique quieto, seu idiota! Não fale alto! - A voz do elefante disse.
         - O Ed e eu estamos com fome! - A outra voz reclamou - Queremos comida!
          Enquanto o esqueleto discutia consigo mesmo, Mufasa e Taka se entreolharam, eles não estavam entendendo nada. Depois de muita discussão, Taka logo entendeu o que estava acontecendo.
          - Seja quem for ou quantos forem, saiam agora! Não vão mais nos enganar com isso! Eu sou Taka, príncipe de Pride Lands e ordeno que mostrem seus rostos!
           - Não gostamos de príncipes, nem de reis! - Disse a voz do elefante, que agora havia se tornado feminina - Eles não ligam pra nós!
           - Apareçam! Não faremos mal a vocês. - Taka disse.
            Um filhote pulou de dentro do crânio do elefante e caiu espatifado no chão, ele parecia não se importar por que ria demais. Outros dois filhotes sairam caminhando de dentro da mandíbula do esqueleto.
           - Vocês são hienas. - Mufasa disse - Filhotes de hienas.
          - Correto. - Disse a fêmea - Eu sou a Shenzi.
          - Eu sou o Banzai - O menino disse - E esse é o nosso irmão caçula, o Ed.
          Ed deu uma risada e colocou a língua pra fora.
          - Desculpem a pergunta - arriscou Taka - Mas o que há de errado com ele?
          - Ah, Ed nasceu com algum tipo de problema, ele não consegue falar direito. - Respondeu Shenzi.
          - Taka - Mufasa chamou - Nós precisamos ir!
          - Porque?
          - Vem aqui. - Mufasa puxou Taka de lado - São hienas, nossas inimigas! Não podemos fazer amizade com elas, temos que ir embora! Elas não são confiáveis.
          - Você é realmente muito chato. - Taka revirou os olhos - Pode ir, se quiser. Eu ficarei aqui.
           Mufasa disse tchau as hienas e seguiu seu caminho. Taka não quis ir, ele estava feliz por ter feito novas amigas.
           Depois de se despedir das hienas, Taka saiu do local. Elas não eram aquilo que todos diziam, eram seres peculiares, mas não eram más. Ele resolveu ir até o olho d'água, toda aquela conversa havia lhe deixado com sede. Assim que saiu das terras mortas, ele deu de cara com Ahadi.
            - P-papai? O senhor... Não estava doente?!
            - Eu resolvi dar uma voltinha pra tentar respirar ar puro, e parece que cheguei no momento certo, não é?
            - Me desculpa, eu só queria saber o que havia lá, só queria ser corajoso!
            - E como você pretendia ser corajoso? Morto? - Ahadi estava furioso.
            - Eu sinto muito, mas as hienas não me fizeram mal, elas foram legais...
            - Você está defendendo as imundas?! - Ahadi rosnou.
            - Não papai, é só que... Não entendo porque tanto ódio delas.
            - As hienas iriam dizimar todo o alimento que temos neste reino, por isso elas não são admitidas aqui! Elas são cruéis e não hesitariam em matar um filhote como você!
            - Mas Mufasa veio comigo! Porque o senhor não briga com ele também? Porque só existe ele pra você e pra mamãe? O senhor não gosta de mim?
            - Meu filho... - Ahadi suspirou e olhou as estrelas - Eu te amo. Você foi o melhor presente que eu poderia ter ganhado. Mas a sua chegada me causou muita dor também.
            - É por isso que a mamãe gosta mais do Mufasa? Foi porque eu deixei o senhor triste?
            - Taka... Você precisa entender a Uru...
            - Porque?
            - Ela tenta ter o mesmo carinho por você, mas é quase impossível.
             Taka abaixou a cabeça e uma lágrima desceu.
            - Eu não sou digno... Não sou tão bom quanto Mufasa...
            - Não, não é nada disso. - Ele suspirou - Acho que está na hora de você saber...
            - Saber o que?
            - Taka... Uru não é sua mãe. Sua verdadeira mãe, Keira, está morta.
            - O que?!

CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO....

domingo, 3 de janeiro de 2016

O reinado de Uru - Part.V

Avisos sobre o capítulo - Hey, pessoal! Neste capítulo os filhotes vão se meter em uma pequeniiiiina encrenca, que foi idéia da nossa amada rainha Uru. Parece que ela agora o título da história vai começar a fazer sentido hein XD
Aproveitem o cap.!

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       Após algum tempo, Taka começou a ignorar qualquer coisa que seu irmão ou que sua mãe falem para atingi-lo. Ele estava feliz, agora Rowenna era sua melhor amiga e sempre estava por perto. Mufasa estava zangado, ele estava interessado pela leoa e ela sequer o olhava. O pequeno Taka estava começando a criar interesse no trono, o que deixava Mufasa zangado também.
      - O que o papai te ensina? - Taka perguntava o tempo todo - Pode me falar?
      - Pra que quer saber?! Você não será rei! - Mufasa rosnou.
      - Você pode estar enganado.
      - Você? Rei? Não me faça rir, Taka. Eu sou o herdeiro do trono e nada vai tirar isso de mim.
      - Pois eu seria um rei muito melhor do que você! - Taka zombou.
      - Claro, claro que sim...
      - Meninos! - Uru saiu da caverna - Seu pai está chamando vocês!
       Os filhotes se entreolharam e caminharam para dentro da caverna. Ahadi estava deitado, descansando. Os filhotes se sentaram ao lado dele e esperaram o pai falar.
      - Mufasa, Taka... Eu ando muito fraco ultimamente, talvez não possa mais levar vocês a passeios pelo reino. Mufasa, sinto muito, mas as nossas lições terão que acontecer aqui, dentro da caverna.
       - Ei papai, relaxa, tá tudo bem. - Mufasa disse.
       - Sim, o melhor é que você descanse e fique bem! - Completou Taka.
       - Ahadi, alguns problemas chegaram até mim hoje. Eu tentei resolve-los da melhor maneira possível, mas você sabe... Eu sou só a esposa do rei... Não mando em nada...
           Poucos minutos depois, Ahadi convocou todos os animais e anunciou que a rainha Uru estaria comandando o reino enquanto ele se recuperava. Taka podia ver os olhos de Uru brilhando enquanto ele falava isso, o que o filhote achou muito estranho.

           Certo dia, Taka estava em cima de uma pedra, tentando rugir. Uru se aproximou e observou o filhote. Ele ainda não conseguia produzir um rugido poderoso, mas seu "miado" já estava ficando mais grosso.
         - Querido - Ela se sentou ao lado dele - O que está fazendo?
         - Oi mamãe - Taka disse - Estou treinando meu rugido!
         - Isso eu sei, Taka. Mas para que?
        - Pro papai perceber que eu sou mais forte que Mufasa e me escolher como herdeiro.
         Uru parou. Estava mesmo ouvindo aquilo? Taka estava querendo se provar melhor? Ela não poderia permitir isso. Precisava arranjar um jeito de Taka não se mostrar melhor, e sim pior. Ela se deitou e chamou o pequeno.
          - Meu pequeno, não é com um simples rugido que você vai provar ao sei pai que é melhor. Seu pai prefere ações... Talvez um ato corajoso...
          - Que ato? Você sabe?
          - Acho que ir a um lugar perigoso... Como... As terras mortas.
          - As terras mortas?! É perigoso mamãe, eu posso morrer e o papai pode não ficar nadinha feliz com isso!
          - É claro, querido. Só pensei que você queria se provar mais corajoso. Certa vez eu disse o mesmo para Mufasa, e ele também recusou pois estava com medo, assim como você...
           - Ele ficou com medo?!
           - Sim.
           - Tolice! Eu posso ir até lá e voltar, não tenho medo!
           - Oh não meu querido, não vá lá! É perigoso, sombrio e horrível! Prometa pra mamãe que jamais vai naquele lugar!
           - Sem problemas, mamãe, sem problemas... - Disse Taka com um sorrisinho.
            Uru estava mentindo em suas palavras. Ela não estava nem um pouco preocupada com Taka e sabia que o filhote iria até as terras mortas. Talvez ele morresse nas garras das carniceiras e finalmente o caminho de Mufasa estaria livre.
             Taka saiu correndo e encontrou Mufasa tomando sol. Ele queria se provar mais corajoso, mas também se importava com seu irmão e achava que ele deveria superar seu medo.
             - Ei Mufasa! Mufasa!
             - O que foi, Taka?
             - Vamos a um lugar bem legal?
             - Que lugar? Já estou farto do olho d'água!
             - É muito mais legal e divertido que o olho d'água.
             - É? E que lugar é esse?
             - As terras mortas! Ou caso prefira... O cemitério de elefantes.
             - Você perdeu o pouco juízo que lhe restava?! É loucura ir até lá!
             - Bobagem! Não deve haver nada demais, e também, tenho certeza que papai vai nos achar corajosos, indo até lá sozinhos!
             - Ele vai é nos achar malucos!
             - Ahn... Tá com medinho é?
             - Eu não tenho medo de nada! Vamos logo até esse lugar, quanto mais cedo acabarmos com isso, melhor.
              Os dois caminharam até as terras mortas. Hesitaram na hora de entrar, porém Taka foi na frente, querendo se mostrar mais corajoso que o irmão. Dentro das terras mortas, eles olhavam para todos os lados a procura de ameaças, mas o lugar parecia vazio, somente alguns abutres e vários esqueletos e ossos de elefantes e mais alguns animais.
                - Bom, não há nada demais aqui, mas é um lugar legal - Disse Mufasa.
                - Sim, fico feliz que tenha vencido seu medo, maninho - Provocou Taka.
                - Medo? Eu? Claro! - Mufasa riu.
               Os filhotes começaram a brincar e a rolar, até que Mufasa esbarrou em uma pilha de ossos, fazendo um barulho alto.
                - Ei, cuidado com isso! - Taka disse - Não faça barulho!
                - Por que? Estamos sozinhos aqui, ninguém nos ouvirá, a não ser os esqueletos.
                - É, tem razão. - Taka pulou em Mufasa e os dois voltaram a brincar.
                Mas será que eles realmente estão sozinhos?

CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO...