quinta-feira, 28 de maio de 2020

Depois de tanto tempo, aqui estou!

      Sim, já fazem anos, eu sei. Esses dias lembrei do nada sobre este blog e me deu uma imensa saudade. Li toda a história e senti uma nostalgia imensa kkkk
      Bom, eu to aqui só pra matar a saudade mesmo. Se ainda tiver alguém por aqui, mandem um olá!

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

The Kingdom - Part.XXIII

Avisos iniciais - Mil perdões, sério! Eu raramente to tendo tempo, preciso trabalhar, me manter na faculdade provisória e estudar pro vestibular
Esse capítulo vai ser mais uma atualização dos fatos do que um capítulo, afinal, tá bem curtinho
Perdoem a falta de imagens D:
To mortinha da silva
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         Celeste emitiu um som de choque que mais parecia uma gazela em seus momentos finais, Haki virou seu rosto bruscamente e Hasir deu apenas um singelo suspiro, completamente desinteressado.
          - Você matou seu próprio filhote? - a leoa grunhiu - Como você pode ter feito uma coisa dessas?
          O grande leão albino apenas deu ombros e passou pela princesa como se ela nem estivesse ali.
          - Se não honra nem o próprio sangue, como saberemos que honrará o nosso acordo? - Hasir perguntou.
           - Você me ofende, velho companheiro. Meu filhote mais novo era fraco e inútil. Até degenerado, se quer saber. - o leão branco bocejou.
           - Degenerado? - Haki indagou.
           - Ele vivia "fugindo" com amiguinhos. Tantas filhotes fêmeas pelo reino. Ele não era feroz como Koda, esse sim era um filhote promissor. Meu herdeiro. - O leão encarou Haki - Disse que ali eu poderia encontrar algo. Koda não estava lá.
           - Eu sugeri que poderia encontrar algo, quem poderia saber? Todos que se escondem procuram a floresta.
           - É uma boa ideia, Haki. Talvez encontremos a princesa por lá. - Celeste sorriu.
           - Acredite em mim, tenho procurado incessantemente por Nidra, principalmente na floresta. Nenhum sinal dela.
           - O trato é claro. Ache meu filhote e meu exército é seu. Seu tempo está acabando, sabe que não tolero falhas e muito menos atraso. - O Príncipe Branco saiu do lugar.
            Hasir continuou no mesmo lugar, pensativo.
           - Vai deixar ele falar com você desse jeito? - Celeste perguntou, incrédula.
           - Você não o conhece como eu, jovem. Ele matou seu próprio filhote. Não se questiona alguém assim.
           - Ele mesmo disse que o filhote não significava nada!
           - E você acha que nós significamos algo para ele? - Hasir respondeu.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~NA FLORESTA~~~~~~~~~~~~~~~~~~
            Koda estava completamente quieto desde o incidente, se recusava a comer, beber ou falar com qualquer um. Nillmer tentou animar ou consolar o filhote na noite tempestuosa, mas o pequeno simplesmente se recusou a ficar na companhia de alguém, mandou até mesmo Cersei embora.
            - Koda? - Nidra se aproximou - Eu consegui pegar um coelho, você não quer se juntar a nós? Deve estar faminto.
            O pequeno continuou imóvel e mudo. Nidra já estava prestes a desistir, quando ouviu ele levantando.
            - Tavi adorava coelhos. Não para comer. Achava-os bonitos. - Lágrimas brotaram em seus olhos.
            - Ei, está tudo bem! - Nidra se aproximou e apoiou o filhote em suas patas - Tudo bem.
            - Mamãe disse que eu tinha que ser forte e proteger o Tavi... Eu... Eu não estava por perto...
            - Não tinha como você proteger o Tavi do seu pai, essa ação dele foi completamente imprevisível.
            - Era previsível... Ele considerou traição. Meu pai sempre detestou Tavi pelo fato dele ser mais delicado, mas tinha um apreço gigante a mim... Admirava o meu modo duro e feroz.
            - Agora que tocou no assunto, porque você é assim, Koda? Filhotes costumam ser alegres, mesmo com tantas dificuldades.
            - É difícil ser alegre quando você vê seu pai espancando sua mãe. Por isso ela nos disse para fugir.
            - E Booh?
            - Ele provavelmente a matou.
            - Koda!
            - Você acha que me alegra dizer algo do tipo? Conheço meu pai, sei do que ele é capaz. Passei todo o tempo fugindo e pensando nisso, mas sempre me segurei. Precisava ser forte pelo Tavi, precisava cuidar dele.
            - E você cuidou, entende? Tudo que você podia fazer, fez. Agora o que nos resta é fazer seu pai pagar pelo que fez.
             - Você não deveria falar para perdoa-lo?
             - Não existe perdão nesse mundo, você faz e você paga pelo que fez. É assim que é e é assim que sempre será.


CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO.... 


quarta-feira, 26 de julho de 2017

The Kingdom - Part. XXII

Avisos iniciais - Demorei mas voltei XD
Eu comecei a trabalhar e tô bem animada. Tive que voltar pra faculdade, mas fazer o que, vamos aguentar até eu finalmente passar na facul dos sonhos
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      O tempo foi passando e Cersei ia crescendo cada vez mais. Koda e Tavi acabaram se acostumando com Nidra e Nillmer, mas o filhote mais velho continuava relutante em falar sobre sua mãe. O reino parecia mais calmo do que nunca, mas a ameaça da guerra era real. Muitas patrulhas haviam encontrados espiões ou leões do reino inimigo querendo encrenca. Daian andava cada dia mais nervoso e distante de Nillmer e de Nia, o que entristecia ambos.
       Mesmo depois de muito tempo desde sua última aula de luta na província, Nidra gostava de treinar suas habilidades de luta. Koda gostava de observa-la, enquanto Tavi e Cersei procuravam flores e brincavam com borboletas pelas redondezas da ruína.
       - Minha mãe também sabia lutar? - o leãozinho perguntou.
       - Ela foi treinada comigo, imagino que sim. - Nidra respondeu.
       - Acho que não. Se ela soubesse, teria revidado todas as vezes que meu pai bateu nela. - ele virou a cara.
       Nidra se sentiu mal pelo filhote, percebia o quanto ele se sentia triste e revoltado com aquilo.
       - Ela deve ter tido seus motivos.
       - Ela apanhava! Devia dar uma lição nele!
       - Booh temia por vocês dois, eu aposto que era isso.
       - Não quero falar sobre isso. - ele decidiu.
       Tavi e Cersei chegaram para avisar que alguém vinha se aproximando, mas como de costume, era Nillmer.
       - Você parece preocupado. - Nidra disse - Aconteceu alguma coisa?
       - Meu pai. Ele tá super estressado com a guerra, principalmente pelo fato dela nunca começar.
       - Isso não é bom? - Tavi perguntou.
       - Não. Eles sempre vão ter o elemento surpresa, isso é preocupante. - Cersei disse.
       Cersei sempre se mostrou uma filhote à frente de seu tempo, inteligente e observadora.
       - Exatamente. Falando nisso, temos que levar a Cersei pro Rochedo.
       - O que? Porque? - Nidra perguntou.
       - Nidra, ela já cresceu bastante. Mesmo que continuemos aqui, temos que apresenta-la.
       - Ainda não é seguro! Não se sabe o que a Celeste ou o Hasir podem planejar!
       - Ela não vai sair do nosso lado, só vamos leva-la, ok? Depois voltaremos pra cá.
       - Eu não sei se é uma boa ideia. - Nidra ainda estava relutante.
       - Confie em mim. - ele se abaixou para falar com a pequena - Cersei, amanhã você vai conhecer os seus avós e sua futura casa!
          - Já que você tem tanta certeza assim... - Nidra revirou os olhos - Koda, Tavi, vamos sair pela manhã, acho que voltamos ao anoitecer. Acham que podem ficar bem sozinhos? Caçarei algo para vocês comerem antes de sairmos.
          - Não se preocupe. Tudo ficará em ordem. - Koda respondeu.
          - Vai ficar tudo bem, tia Nidra. - Tavi sorriu.
          - Já vou avisando que se seu pai ou aquele ridículo do Tarmak falarem algo, iremos embora! - Nidra disse.
          - Não se preocupe, eles não vão dizer nada.
          Mas não foi exatamente isso o que aconteceu.
          Na manhã seguinte, Nidra pegou uma lebre e deixou para os pequenos comerem, depois, partiu com Cersei e Nillmer para o Rochedo. Todos que viam a pequena torciam o focinho, claramente desapontados. Quando chegaram, a situação não foi muito diferente. Eles foram recebidos pelo grupo de caça que estava ali perto. Algumas leoas tentaram disfarçar o desapontamento, mas outras nem faziam questão disso. Não demorou muito até que Tarmak chegasse.
          - Princesa Nidra! A quanto tempo... E você deve ser a princesinha Cersei. Que prazer imenso...
          - Interrompa o seu prazer imenso e avise ao meu pai que estamos aqui. - Nillmer disse, sem cerimônias.
          Daian e Nia desceram em pouco tempo. A rainha adorou Cersei e a encheu de pequenas lambidas, enquanto o rei se limitou a estudar a filhote.
         - Pequena para a idade. Tem certeza que é menina? Parece muito um menino para mim.
         - Eu sou uma menina! - Cersei protestou. - Não preciso me parecer com uma para agradar ninguém.
         - Eu sou o rei e sou seu avô. Você tem a obrigação de me agradar.
         - Não tenho não. A única pessoa que quero agradar é a mim mesma e se estou satisfeita, não existe rei nesse mundo que me fará mudar.
         Daian soltou um pequeno rosnado.
         - Insolente, igualzinha a mãe na idade. - Tarmak soltou um risinho.
         - O que você disse? - Nidra se virou para o conselheiro.
         - Ele não disse nada. - Nillmer respondeu.
         Um raio cortou o céu.
         - É melhor irmos embora. - Nidra disse, não aguentava mais ficar por ali.
         Nia pediu diversas vezes para eles ficarem mais, mas Nidra não se sentia bem ali. A tempestade desabou quando eles estavam próximos à floresta. Cersei tentava caminhar embaixo do pai, mas estava se molhando da mesma maneira, até que por fim Nidra a pegou em sua boca.
         - Você é muito protetora. - Nillmer disse.
         Nidra arqueou a sobrancelha.
         - Não me olhe desse jeito, você sabe que é verdade. Não deixa a Cersei e o Tavi se afastarem e não queria ir no Rochedo hoje. Precisa relaxar um pouco.
         Nidra revirou os olhos e Nillmer sorriu. Os dois foram andando até que viram uma silhueta próxima a entrada da floresta. O leão era alto e totalmente branco e tinha sangue na mandíbula.
         O leão apenas os olhou e seguiu seu caminho. Nidra e Nillmer se entreolharam, até que Nidra soltou Cersei bruscamente, fazendo a pequena cair no chão.
          - Mãe! - ela reclamou - Isso machucou!
          - Qual o problema? - Nillmer perguntou.
          - Ele é albino! Meu deus, Tavi e Koda!
          Nidra disparou floresta adentro, Nillmer pegou Cersei e seguiu a parceira. O coração da leoa estava a mil, ela esbarrou em tudo que estava no caminho mas não desacelerou, ganhando alguns arranhões no processo. Mas no final, não havia o que fazer.
          Koda chorava ao lado de Tavi, que não se mexia. Nidra saltou para perto dos dois e viu que havia marcas de mordida no pescoço de Tavi, marcas de uma mordida de leão adulto.
          - Ele estava longe... Não cheguei rápido o suficiente... Eu...
          Nidra abraçou o pequeno. Se perguntava como o mundo podia ser tão cruel com algo tão inocente como um simples filhote. Nillmer e Cersei chegaram logo depois e partilharam da dor. Cersei chorou muito, assim como Nidra, mas Koda estava chocado, não conseguia esboçar reação.
          Naquela noite, o céu chorava, mas não mais do que o coração de Koda.


CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO...
   

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Estrelas cadentes

Avisos iniciais - Esse é um pequeno prólogo da minha nova história de Pride Lands. Nele, irei contar brevemente como a "fagulha" para a perdição do reino começou.
Eu vou terminar The Kingdom antes de continuar isso... ou talvez eu solte outros prólogos pequenos como esse XD
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    A noite estava belíssima. O céu era de uma cor azul intensa, mas o brilho das estrelas iluminava qualquer coisa que pudesse alcançar. Os animais do reino estavam calmos e contentes. A rainha podia ver algumas estrelas com uma espécie de cauda, o que lhe despertava um profundo interesse. Quando era pequena, viva correndo atrás do xamã do seu reino, implorando para que lhe contasse tudo que sabia sobre as estrelas que caiam.
     - Jovem princesa - o babuíno ancião sorriu - Não são estrelas que caem. O correto é "estrelas cadentes".
      A leoazinha torceu o focinho.
     - Porque? Elas caem, seria melhor colocar "estrela cainte". De qualquer forma, o que isso significa?
     - Elas são um presságio, jovenzinha. Podem significar um tempo conturbado ou um tempo muito feliz.
     - E como vou saber qual tempo vai ser?
     - É só uma crença, princesa. Você é quem decide se o tempo será conturbado ou feliz, suas escolhas irão definir isso.
     Uru abriu os olhos e estremeceu. Pensar no seu reino lhe fazia sentir muita saudade, mas agora isso era passado. Ela era a rainha Uru, esposa do rei Ahadi e mãe do futuro rei, o príncipe Mufasa. Ela devia ser um exemplo a todos e orgulhar sua família.
      - Uru. - Ahadi se aproximou - Que bom que eu te encontrei.
      - Meu amor! - ela sorriu - O que houve? Disseram que queria falar comigo.
      - E eu quero.
      - Você parece mal, aconteceu alguma coisa?
      - Eu preciso te contar algo, algo que não é muito fácil de ser dito.
      - Bom, você pode tentar se acalmar primeiro, depois dizer.
     Ahadi respirou fundo.
      - Você... você se lembra da Keyra?
      - Keyra... Ela não é uma das servas daqui?
      - É, exato...
      - Então, qual o problema?
      - Uru... Você sabe que nosso casamento foi arranjado... eu... eu nunca planejei ou quis nada disso...
      As orelhas dela caíram.
      - Ah... bem... e mesmo assim você aprendeu a me amar, não é? Superamos isso...
      - Queria dizer que é verdade. - ele desviou o olhar. - Antes da sua chegada... Eu pretendia me casar com Keyra.
      - Isso não é uma coisa muito amável de se dizer. - ela tentou sorrir, embora não conseguisse esconder o nervosismo - Mas tudo bem, todos tivemos um primeiro amor.
      - Você não tá entendendo. - ele suspirou.
      Ela ficou quieta, aguardando o marido falar novamente.
      - Eu amo a Keyra. Sempre irei ama-la, mas preciso manter nosso casamento. Eu sinto muito Uru, tentei aprender a te amar, mas é impossível. Não me entenda mal, você é uma leoa adorável, mas eu não a amo.
      - Nossa... isso foi... menos amável ainda. - ela tentou não parecer chateada, mas era inevitável - Bom, se é só isso, eu vou entrar, afinal, você já disse muit -
      - Eu traí você com a Keyra. - Ahadi disse de surpresa.
      O chão ficou mole sob as patas da rainha. Por um minuto ela não conseguiu reagir à notícia.
      - Não podemos acabar com o casamento. É importante. - Ahadi disse.
      - Sim, é. Tudo bem, vamos esquecer isso. Acontece. - ela não sorria mais. - Só não quero que você fique a sós com ela de novo.
      - Isso foi há um tempo. - Ahadi deixou escapar.
      - E porque você só me disse agora?!
       O leão desviou o olhar novamente.
      - Tem mais uma coisa.
      - Claro. Mais.. Mais uma coisa. Diga. Não pode ser pior. - ela estava lutando com todas as suas forças para não chorar. A rainha deve ser forte.
      - Keyra... Keyra está esperando um filhote.
      Aquilo foi demais, mas mesmo assim, a rainha não expressou reação. Seu rosto era como uma pedra, desprovido de qualquer emoção. Por dentro, Uru sentia o coração estilhaçar aos poucos, mas nada podia fazer além de aguentar.
      - Tudo bem. - ela disse, por fim.
      - Tudo bem?
      - Sim. O que você vai fazer sobre isso?
      - Eu ainda não sei, eu -
      - Ficaremos com o filhote. Vamos dizer que o encontramos. Ele será criado como príncipe e irmão adotivo de Mufasa. É o justo.
      - Uru? Você... você tem certeza?
      - Sim. Minha decisão sobre isso é final. O filhote não tem culpa da sua estupidez. - ela conseguiu dizer e descontar uma pequenina parcela de sua raiva. - Mas não quero que ele tenha contato com Keyra. Não quero vê-la. Não quero ela no meu caminho. Mandarei mata-la caso eu a veja.
       - Uru...
       - Silêncio. Te vejo amanhã... Querido.
       A leoa deu as costas a Ahadi e só ai permitiu que as lágrimas transbordassem de seus olhos. Aquilo parecia um pesadelo. Ela tomou o pequeno Mufasa entre as patas e tentou esquecer o que havia acontecido, mas era impossível. Nem todas as estrelas cadentes do mundo eram páreas para as lágrimas da rainha quebrada.


CONTINUA... DEPOIS DO FINAL DE THE KINGDOM...

sexta-feira, 7 de julho de 2017

The Kingdom - Part.XXI

Avisos iniciais - Sim sim, demorei de novo. Olha pessoal, talvez eu demore ainda mais pra postar. Eu recebi uma proposta de estágio aqui perto de casa, mas pra conseguir, preciso voltar pra faculdade, além do mais tenho que fazer o cursinho pra entrar na Unicamp, então meu horário vai ficar meio corrido. Prometo que farei o meu melhor.
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      Durante a cerimônia, Tharena e Ishara também compareceram para ver a pequena Cersei, afinal, iriam demorar para vê-la novamente. Nillmer anunciou que Nidra e a pequena filhote iriam ficar em um lugar afastado até que a princesa crescesse mais. Isso causou descontentamento por parte do rei, mas Daian não podia fazer nada além de aceitar a decisão.
      As notícias logo chegaram aos ouvidos de Hasir, que ficou furioso.
      - Eu precisava que aquela filhote morresse! - ele rosnou.
      Haki desviou o olhar, sem interesse.
      - Talvez isso seja bom, Hasir. - Ghapo disse - Assim a leoa não vai nos dar trabalho, assim como a filhote.
      - Não, não é nada bom! - Celeste respondeu - Mesmo que nos livremos de todos do Rochedo, ainda vai haver essa filhote escondida. Enquanto houver um herdeiro, o nosso reinado não será apoiado totalmente.
      - Podemos mandar espiões. O príncipe sempre vai visitar Nidra nesse local secreto.
      - Não adiantaria, Ghapo. O que quer que seja é dentro da floresta, ninguém tem coragem pra ir lá. - Haki respondeu.
      - Bom, eles tiveram e estão vivos. Acredito que não tenha nenhum monstro horrendo. - Celeste revirou os olhos.
      - Então porque você não vai? - Haki rebateu.
      - Porque eu sou um dos membros fundamentais nessa grupinho patético. Sem o apoio do meu pai, vocês nunca vão conseguir dominar o reino.
      - Você se engana. O marido da minha sobrinha se mostrou interessado na nossa causa, será uma grande ajuda, todos dizem que o Príncipe Branco é um feroz guerreiro. - Hasir se vangloriou.
      - Com uma pequena condição. - Ghapo sussurrou para si mesmo.
      - Que será muito fácil de realizar. - Hasir se voltou para o guepardo. - Por falar nisso, como anda a conscientização?
      - A maioria o apoia e lutará quando a guerra chegar, mas ainda existe alguns que não concordam com a revolução, como a irmã da Nidra.
      - Se tivermos apoio da maioria da província, estarei satisfeito.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~NO ROCHEDO~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
      - Acho que podemos dispensar a patrulha nesse lado do reino. - Nillmer disse.
      - Está louco? Precisamos de toda a vigilância possível! - Daian respondeu.
      - Seria impossível uma invasão pela Província Norte, é rochoso demais. Vamos colocar mais leões em lugares abertos.
      - Até que você tem razão. Vou repassar os planos para o general Arku.
      Depois de Daian sair, Nillmer ficou a sós para observar o reino. Não dava pra acreditar que eles realmente estavam em guerra. Quando era pequeno ele imaginava coisas do tipo e até achava legal, mas agora o pensamento lhe causava calafrios.
       - Príncipe Nillmer - uma leoa apareceu. - Perdoe-me, mas tem um filhote lá em baixo procurando a princesa Nidra.
       - Um filhote? Como assim?
       - Um filhote, senhor.
       - O que ele disse?
       - Disse que se chamava Koda e que precisava da ajuda da princesa Nidra.
       Nillmer arqueou a sobrancelha.
       - Não conheço nenhum Koda, mas vou descer e ver o que é, obrigado.
       Na entrada do Rochedo, Nillmer viu um filhote branco sentado.
       - Você está procurando a princesa Nidra? - Nillmer se aproximou.
       - Sim.
       - E porque?
       - Só posso dizer diretamente, por favor, chame-a.
       - Eu sou o marido dela, príncipe Nillmer. Pode falar comigo.
       O filhote olhou para ele, implacável.
       - Eu devo falar com a princesa.
        - Garoto, por favor, colabore comigo. - Nillmer suspirou - Você é daqui?! Nós avisamos que a Nidra e a minha filha ficariam escondidas.
        - Não sou um espião, pode confiar em mim.
        - Você é realmente difícil. Pelo menos me diga quem é você.
        - Sou Koda. Príncipe Koda.
        - Eu não conheço nenhum príncipe Koda.
        - Meu reino fica distante. Sou filho do Príncipe Branco e da princesa Booh, ela era amiga da princesa Nidra.
        Nillmer recorreu a memória e se lembrou de uma tarde, quando eram filhotes. Nidra havia levado os novos amigos, Haki e Booh.
         - Ah, eu me lembro dela. Algum problema?
         - Eu insisto. Preciso falar com a princesa.
         Nillmer suspirou.
         - Está bem, eu levo você.
         - Um momento. Preciso chamar o meu irmão.
         - Irmão?
         - Sim. Tavi não está longe. Um momento.
         Depois de alguns minutos Koda retornou com outro filhote branco.
         - Esse é o Tavi, meu irmão caçula.
          - Não deveríamos ficar tanto tempo em lugar aberto. Podem nos achar. - Tavi disse.
          - Não se preocupe, ele vai nos levar até a princesa.
         Nillmer levou os dois filhotes até a floresta. Tavi era assustado, já Koda aparentava ser corajoso e forte. Não demorou muito até chegarem nas ruínas, onde Nidra saboreava uma lebre enquanto a pequena Cersei dormia tranquilamente ao seu lado.
          - Nillmer? Quem são esses?! - ela se levantou.
          - Filhos da Booh, estão procurando por você.
          - Booh? Booh está no reino? - Nidra sorriu - Meu deus, vocês são parecidos com ela! Então ela realmente se casou com o príncipe?! Isso é ótimo!
          Os filhotes se entreolharam, desconfortáveis.
          - Não é tão ótimo como pensa, princesa. - Koda disse.
          - Qual o problema?
          - Ele fez mal à mamãe! - Tavi choramingou.
          - Tavi! - Koda repreendeu o irmão.
          - O que? - Nidra perguntou.
          - A mamãe sempre disse que o papai não era quem ela esperava. - Tavi respondeu.
          - Mas como assim? Ela sempre disse que um mensageiro lhe passava o que o príncipe dizia.
          - Ela falou sobre isso também. - Koda abaixou as orelhas - Não era nosso pai que dizia aquelas coisas, o mensageiro que as "melhorava". Ela disse que quando chegou no reino e viu quem ele realmente era, não tinha mais volta.
          - Ele batia na mamãe quase todos os dias. - Tavi disse.
          - Ela disse que se as coisas piorassem muito, eu deveria fugir com o Tavi e procurar a princesa Nidra, ela nos ajudaria.
          Nillmer e Nidra se entreolharam, tristes com a situação.
          - Por favor, vocês são a nossa única esperança. - Koda disse.
          - Vamos ficar um tempo e a mamãe vai voltar pra nos buscar, não é, Koda?
         Koda hesitou.
          - É... claro.
          - Claro que ficaremos com vocês. - Nidra disse - Mas precisaremos de mais detalhes posteriormente.
          Naquela noite Tavi se enfiou entre as patas de Nidra e adormeceu. Nillmer ficou com Cersei já que a esposa estava ocupada. Koda deitou afastado dos dois. Nidra se perguntava o que havia acontecido para tirar a felicidade do rosto daquele filhote.


CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO...

terça-feira, 27 de junho de 2017

The Kingdom - Part.XX

Avisos iniciais - Desculpem pela demora T-T
Só uma imagem no capítulo, mals
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     Nillmer passou um longo tempo observando a pequena antes de falar qualquer coisa. Nidra achou a situação engraçada, mas resolveu não interromper o devaneio de seu marido. Após alguns minutos, ele finalmente ergueu a cabeça e disse:
     - Ela é perfeita!
     - É mesmo. Melhor do que eu poderia imaginar.
     - Nidra, porque o Haki te ajudou? Eu encontrei ele próximo ao Rochedo e disse coisas como "você deveria dar o meu nome", "eu merecia ser padrinho".
     - Deuses, nem em um milhão de anos nosso filhote se chamaria Haki. Pra ser honesta, eu também não sei. Seria muito fácil acabar comigo ali e ainda matar o filhote ou usar ele como refém. Ele me colocou nas costas e disse pra fazer silêncio, e eu não tava em posição de recusar qualquer ajuda.
     - Ele te trouxe até aqui?!
     - Não, eu disse que perto da floresta seria o suficiente. Por sorte consegui chegar aqui a tempo.
     - Acha que ele mudou de lado?
     - Ainda é cedo pra dizer, mas pode ser um começo.
     - Agora temos que levar a Cersei pro Rochedo.
     - Tem certeza que é uma boa ideia? Tentaram nos matar.
     - Não vamos ficar lá. Acho que é melhor vocês ficarem aqui até ela ser mais crescida. Vamos apenas leva-la para apresenta-la aos meus pais e fazer as cerimônias.
     - Acha que seus pais vão gostar dela?
     - Impossível não gostar. - Nillmer sorriu.
~~~~~~~~~~~~~~NAQUELA MESMA NOITE~~~~~~~~~~~~~~~~

      O leão solitário caminhava de volta pra casa. Os vigias do Paredão já haviam notado sua presença e corrido pra alertar seu chefe. Não demorou muito até que Hasir e Celeste aparecessem para se juntar a Haki.
      - Conseguiu? Está feito? - o leão velho perguntou.
      - Não pude. Haviam guardas. Tive que fugir.
      Celeste rosnou.
      - Ou será que você deixou ela fugir?!
      - Eu não sou traidor, Celeste. Controle sua língua. - Haki rosnou de volta.
      - Bem, essa era nossa maior esperança. Mas ainda temos mais chances. Ainda esmagaremos essa família. Celeste, vá avisar os outros e contate Tarmak, quero notícias o mais rápido possível.
      Depois da leoa sair, Hasir se colocou na frente de Haki.
      - Você será rei. Espero que ainda jogue do mesmo lado que eu, sobrinho, caso contrário, será o líder dessa podridão.
      - Sou leal, tio.
      - É bom que seja. E contate sua irmã. Talvez o marido dela apoie nossa causa.
      - Booh? Ela não faz contato há muito tempo, talvez queria se desligar.
      - Tente, eu quero aumentar o exército.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~NO OUTRO DIA~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

       Quando o dia raiou, Nidra e Nillmer partiram. Os olhos da pequena demoraram a se acostumar com a claridade, mas não demorou até seus olhos curiosos percorrerem cada canto do caminho. Foram recebidos pelo conselheiro Tarmak.
       - Principe Nillmer... e princesa Nidra. Estavamos preocupados.
       - Tenho certeza que sim. - Nillmer revirou os olhos - Felizmente, aqueles que procuravam ferir Nidra e o meu filhote não obtiveram sucesso. E quando eu descobrir quem foram, vão pagar por esse ultraje.
        Tarmak sorriu.
       - Tenho certeza que sim, meu príncipe. Vejo que temos um novo príncipe.
       - É uma menina. - Nillmer o corrigiu.
       - Menina? - aquilo pareceu divertir Tarmak - Todos os herdeiros são meninos. É a tradição.
       - Pois ela será quebrada hoje. Anuncie que estamos aqui.
       Depois que o conselheiro saiu, Nillmer tentou acalmar sua leoa.
       - Está tudo bem, prometo que dessa vez não vai acontecer nada.
       Nidra balançou a cabeça, mostrando desconforto.
        Daian e Nia vieram apressados até os dois. Nia correu e abraçou Nidra, enquanto Daian suspirou aliviado.
        - Fico feliz que tudo tenha dado certo no final. - o rei disse - Ainda estamos procurando os culpados de tentar algo contra esse lindo filhotinho.
        - Pai... É uma menina.
        Daian arqueou as sobrancelhas.
        - Mas todos os -
        - Eu sei - Nillmer interrompeu o pai - Sei que todos os herdeiros são meninos, mas a Cersei acabou de quebrar isso.
        Houve um momento de silêncio até que Nia empurrou Daian para que o marido dissesse algo.
         - Ahn... Eu tenho certeza.... Que será uma ótima... Rainha. - ele conseguiu dizer.
         - Será mesmo, a melhor de todos os tempos! - Nia sorriu.
         Durante as cerimônias e apresentações, houveram olhares tortos para a jovem princesa. Principalmente por parte do rei e do conselheiro.

CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO...

sexta-feira, 16 de junho de 2017

The Kingdom - Part. XIX

Avisos iniciais - Ahá! Aposto que vocês não esperavam por outro capítulo tão cedo! Mas já devo avisar que ele é grande, mas vai valer a pena, acreditem :D
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      As semanas foram passando tão rápidas como as águas de uma correnteza. Tudo parecia na mais perfeita calma no reino. O rei ordenou que as províncias enviassem leões para patrulhas nas fronteiras, e em pouco tempo, vários leões e leoas podiam ser vistos "marchando" pelo reino. A tensão com a Província Leste ainda era um assunto que estava no ar, mesmo com a visita do rei, o líder de lá parecia relutante em apoiar uma causa criada por uma leoa da escória.
      Enquanto as coisas iam acontecendo, Nidra continuava escondida nas ruínas da floresta. Sua barriga já havia crescido bastante desde que percebeu a gravidez. A dieta na floresta não era lá das melhores, mas ela tinha o suficiente para se alimentar bem e não passar fome. Nillmer a visitava todas as noites, tomando todo o cuidado para não ser seguido por ninguém.
       - Acha que a hora está chegando? - Ele perguntou.
       - Sim, eu sinto isso. Olha, eu tenho mesmo que ir?
       - Eu também não gosto da ideia, mas foi uma ordem do meu pai.
       - Alguma coisa vai acontecer, eu não quero dar a luz por lá!
       - Sei disso, também não quero, mas precisamos ir!
       - Não tem outro jeito?
       - Não, eu sinto muito. Mas relaxa, eu vou estar lá pra você!
       - Eu espero que sim, porque eu vou ter um ataque!
       - Você não vai ter um ataque, vai ter um filhote! Então mantenha a calma.
       - Meu pai está no Rochedo? Não disse nada dele.
       - Ele foi embora alguns dias depois do casamento.
       - Acha que ele volta?
       - Eu espero que sim.
       - Honestamente, eu também.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~ NA PROVÍNCIA N.R. ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

       Haki olhava para as estrelas com muita atenção. Esses planos de guerra eram muito confusos para a sua mente e o fato dele ter que se casar com a princesa Celeste também não o ajudava a se concentrar nas coisas. Hasir havia notado uma certa inquietação por parte do sobrinho.
       - Qual o problema, meu jovem? - o leão se aproximou.
       - Só estou distraído.
       - Pensando na sua "adorável" noiva?
       - O senhor sabe muito bem que eu detesto a Celeste.
       - Mas se casará com ela mesmo assim, essa aliança é necessária para a nossa revolução.
       - Tio, é perigoso demais. E se o conselheiro descobrir?
       - Aquele tolo não perceberia um pavão na frente do focinho. Precisamos de informações do Rochedo, e particularmente, achei fácil engana-lo.
       - Mas se ele descobrir, vai nos denunciar pro rei, e Daian nos esmagará.
       - Ele não conseguirá. Nossos leões e leoas são bem treinados, mais fortes do que aqueles guardas inúteis.
       - Estou de pleno acordo. - Celeste se aproximou com seu sorriso presunçoso. - A barriguda chegou no Rochedo, Tarmak fez contato. Achei que gostariam de saber.
       - Haki, precisarei de você. Para provar sua lealdade e força, precisarei que faça algo por mim. - Hasir disse.
       - O que?
       - Precisarei que mate o filhote de uma traidora.
       - Você está me pedindo para matar o filhote da Nidra?!
       - O filhote de uma traidora. Quando for líder, não deve ser piedoso! Ela é uma traidora e esse filhote não deve vingar.
       - M-mas é um filhote! Eu não posso...
       - Tá, então eu faço. - Hasir deu as costas ao sobrinho. - Precisarei achar outro sucessor.
       - Não! Eu faço. Me perdoe o momento de fraqueza. - Haki virou a cara.
       - Apenas faça o que deve ser feito.
      A noite estava quieta. Nidra e Nillmer chegaram no Rochedo quando a lua estava no auge. O rei e a rainha vieram imediatamente para receber a princesa.
       - Nidra! Senti saudade de você! - Nia lambeu a jovem leoa. - Venha, já preparamos tudo, as servas já estão prontas para te ajudar.
       - Servas? Mas eu pensei que o Nillmer...
       - Eu também pensei! - Nillmer objetou - Eu não vou ficar com ela?
       - Não, meu filho. Só as servas ficam com a princesa, o resto deve esperar.
       As servas vieram e levaram Nidra para uma caverna próxima ao topo, mas a princesa já havia notado que ninguém ficava por lá, devia ser o lugar onde os herdeiros nasciam.
       - Não há porque ficar ansioso, Nillmer. - Daian sorriu - O príncipe vai nascer forte e saudável.
       - Príncipe? Mas pode ser uma menina também.
       - Claro que não. - O rei riu como se aquilo fosse uma piada - Os primogênitos sempre foram meninos.
       - Meu rei! - uma leoa chegou correndo - Incêndio! Na campina real!
       - Fogo? Mas como isso foi acontecer?! - Daian perguntou.
       - Não sabemos, o fogo apenas surgiu!
       - Temos que chamar os elefantes! Vamos, Nillmer!
       - Mas pai -
       - Sua leoa ficará bem, mas se o fogo se alastrar, a vida dela estará em risco! Vem!
       Daian e Nillmer correram para fora do Rochedo. Nia não sabia ao certo o que fazer, mas resolveu juntar o grupo de caça para ajudar o rei e alertar os animais, Nidra ficaria bem com as servas. Pelo menos foi o que ela pensou.
        Nidra estava deitada no centro da caverna, com duas leoas ao seu redor. Sua visão estava embaçada por causa das dores que começava a sentir. As servas a rodeavam, analisando tudo.
       - Não tem porque se preocupar - uma disse - só tente relaxar.
       - Logo você estará bem. E o seu filhote também.
       - Bem mortos! - a outra riu.
       - O que?! - Nidra levantou a cabeça, zonza.
       - Ora, você não achou mesmo que ia se safar, né?
       Nidra tentou focar nos rostos, mas não eram familiares.
       - Há quanto tempo, minha estrela! - Haki apareceu na entrada da caverna.
       - Haki?! O que? - ela se desesperou - O que tá fazendo aqui?
       - O meu trabalho. Vocês duas, saiam.
       - Mas seu tio disse que deveríamos ficar! - uma protestou.
       - Eu estou dizendo para saírem! Eu cuidarei disso.
       As duas leoas saíram depressa da caverna.
       - Por favor, agora não! - Nidra chorou - Haki!
       - Não precisa chorar, só vai piorar o meu dia! Agora fique quieta, eu tenho que fazer isso.
       Foram necessárias duas horas para o incêndio ser apagado. Nillmer e o resto do grupo voltaram correndo para o Rochedo, ele calculava que Nidra já estivesse com o filhote nas patas.
        - O que?! - O príncipe rugiu - Como assim ela não está na caverna?!
        - Sinto muito, senhor! - um leão disse - Parece que as servas não eram leoas do Rochedo.
        - E ninguém percebeu?! - Daian rosnou - Meu neto pode estar morto agora!
        - Nós não sabemos, vamos procurar a princesa pelo reino, ela pode estar bem! - Nia disse.
        Nillmer correu a frente de todos, procurando pelas redondezas do Rochedo. Depois de alguns minutos, ele avisou um leão que certamente não deveria estar ali.
        - Bela noite, não acha, príncipe? - Haki sorriu.
        - Seu maldito! - Nillmer avançou no leão e o derrubou - Foi você, não é? O que você fez?!
        - Eu fiz o que deveria fazer. Agora, onde você aprendeu a lutar assim? É péssimo.
        - Cale a boca! Você vai pagar com a sua vida! Seu maldito!
        - Nossa, isso é jeito de falar comigo?! - Haki revirou os olhos - Eu merecia uma recompensa. Talvez pudesse virar padrinho, o que acha? Talvez você possa até colocar o meu nome no seu filhote! Ah não, Nidra detestaria.
        - Padrinho? - Nillmer piscou, confuso - Do que é que você tá falando?!
        - Eu não matei sua preciosa leoa. Devia me agradecer, não me sufocar! Eu a tirei de lá o mais rápido possível, mas ela se recusou a aceitar minha ajuda para leva-la até seu esconderijozinho idiota. Durona, não é?
        - Nidra... ela tá viva?! Está bem?!
        - Isso eu não sei. Eu a deixei próximo a floresta. Se você for rápido, talvez possa descobrir por si mesmo.
        Nillmer saltou de cima do leão e correu o mais rápido que podia. Sua cabeça girava e doia ao mesmo tempo. Foi muita coisa para um dia só, realmente. Quando entrou na floresta, ignorou totalmente qualquer obstáculo que se colocasse no caminho, atropelou pedras, galhos, riachos e animais. Nas ruínas, ela pode avistar a leoa deitada de lado, sem se mexer e já pensou no pior.
        - Nidra! Caramba, me desculpa! Eu não devia ter ido até lá, era claramente uma armadilha! É tudo culpa minha, me perdoe!
        A leoa virou a cara, zangada.
        - Será que você pode parar de gritar? Eu to exausta e não quero ouvir o seu chilique!
        - Você tá bem! Graças aos deuses! Eu achei que ia te perder!
        - Você não me perdeu, mas perdeu o nascimento dessa coisa fofa.
       Nidra ergueu a pata e abaixou a cabeça para apoiar o pequeno e mole corpinho de pelo escuro que estava no chão ao seu lado.
         - Essa é a Cersei, nossa herdeira.


CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO...